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O looping das montanhas russas: Em
alguns circuitos de montanhas russas, há uma faixa com um loop vertical.
Assim, para que os veículos podem percorrer o circuito sem sair dos trilhos,
é necessário que sua velocidade inicial de entrada no circutio seja suficientemente elevada. Equações
de movimento: Coloquemos um veículo no ponto P de massa
M e negligenciamos o atrito. Seja C o centro de círculo e θ
o ângulo entre CP e a vertical e V0 a velocidade do carro à entrada
do circuito. Seja i o vector unitário ao longo de CP e j
o vector normal a CP em P. Seja a a aceleração de P
e N o vector reacção de suporte. Como se despreza o atrito,
N é normal à trajectória radial. Com o princípio fundamental da
dinâmica temos: Ma = N + Mg. A velocidade do carro
é V = R. θ'. j e a sua aceleração
é : a = -R.θ' 2.i + R.θ''.j. Projectando-se sobre CP temos que: -
M.R.θ' 2 = - N + M.g.cos(θ)
Seja: N = M.R.θ' 2
+ M.g.cos(θ)
(a) A conservação da energia mecânica permite escrever: ½(M.V2
- MV02) = - M.g.R(1 - cos(θ)). Assim:
θ' 2 = -
(V0/R)2
-
2.g.(1 - cos(θ)) / R (b) De (a) e (b),
deduz-se que
:
N = M.V02
/ R + M.g.(3.cos(θ)
- 2) (c) Movimentos possíveis: Nota: - A
velocidade angular e, por conseguinte a velocidade, anulam-se num ângulo θ1
tal que cos(θ1) = 1 - V02
/ 2Rg. - A reação de suporte N anula-se num ângulo θ2
tal que cos(θ2) = (2 - V02
/ 2Rg) / 3 = (2/3).cos(θ1). O ângulo θ1
é assim inferior ao ângulo θsub>2. O ângulo
θ1
existe se V0 < (2Rg)½. O ângulo θ2
existe se V0 < (5Rg)½. * Se V0 < (2Rg)½
a velocidade anula-se mas a reacção de suporte continua positiva: O carro
continua em contacto com o circuito e regressa. * Se (2Rg)½ < V0 < (5Rg)½
a velocidade continua positiva mas a reacção do suporte anula-se: O carro deixa
o circuito e cai em queda livre. (Queda livre
com velocidade inicial V). * Se V0 > (5Rg)½
a reacção do suporte continua positiva e o carro pode fazer o circuito
sem cair do suporte. NOTA: Os valores de atrito alteram unicamente
os valores de velocidade que correspondem a uma alteração no tipo de movimento.
A aplicação:
O raio do círculo é de 15 cm e corresponde a um circuito de montanhas
russas efectuado por carros miniatura. Para produzir a aninação, foi necessário integrar
a equação diferencial (b) recorrendo ao método Runge-Kutta de ordem 4. O vector
N é desenhado a azul e o vector V a verde. O botão [Iniciar] permite
iniciar a animação. Fazer deslizar o cursor vermelho com o rato para alterar
o valor da velocidade inicial. Um clique no
botão da direita e a animação é parada. Ao soltar o botão a animação é retomada. É
também possível usar a combinação do botão esquerdo + tecla [Ctrl].
Simulation Numérique de Jean-Jacques ROUSSEAU
Faculté des Sciences exactes et naturelles Université du Maine - Le Mans
Traduzido e adaptado para a Casa das Ciências
por Manuel Silva Pinto e Alexandra Coelho em Outubro de 2010
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