NOTAS:
A parte essencial de um telescópio é um espelho M1 esférico-côncavo ou parabólico (de grande abertura para recolher o máximo de luz). A imagem de um objecto no infinito forma-se no foco do espelho. Para observar esta imagem é preciso utilizar um outro espelho.
Montagem Cassegrain
São utilizados um espelho parabólico M1 e um espelho hiperbólico M2 cujo foco F1 coincide com o foco FP de M1.
Os raios vindos do infinito convergem para FP e depois para o ponto focal F2 do espelho M2.
O sistema é estritamente estigmático para raios paralelos ao eixo.
Por outro lado, é necessário fazer uma abertura no topo do M1 para observação.
A imagem primária é virtual e, para os raios pouco inclinados no eixo, o espelho M2 fornece uma ampliação G = SF2 / SF1.
A imagem final é invertida..
Montagem Gregoriana
Se James Gregory teve a idéia de usar um espelho parabólico M1 e um espelho elíptico M2 cujo foco F1 é confundido com o foco FP de M1, ele não tinha os meios técnicos para alcançá-lo.
Os raios vindos do infinito convergem para FP e depois para o ponto focal F2 do espelho M2.
O sistema é estritamente estigmático para raios paralelos ao eixo.
Esta montagem também requer uma abertura na parte superior do M1 para observação.
A imagem primária é real e, para raios levemente inclinados no eixo, o espelho M2 fornece uma ampliação G = SF2 / SF1.
A imagem final é reta.. Esta propriedade significa que esta montagem tem sido amplamente utilizada para observação terrestre.
Os espelhos dos telescópios utilizados
nos observatórios podem ter um diâmetro na ordem de 1 a 3 m, pesando várias toneladas.
O telescópio orbital Hubble possui um espelho M1 parabólico e um espelho M2 hiperbólico. Pode ser montado com dois espelhos esféricos de raio 11 m e 1,3 m, com a distância entre os topos dos espelhos próxima de 5 m.
Telescópio Cassegrain Situação Características Utilização Distinguimos o espelho secundário no centro da cruz (parte superior do dístico) e o espelho principal (disco cinza na parte inferior da imagem). |
Simulation Numérique de Jean-Jacques ROUSSEAU
Faculté des Sciences exactes et naturelles
Université du Maine - Le Mans
Traduzido e adaptado para a Casa das Ciências por Manuel Silva Pinto e Alexandra Coelho em Maio de 2011