Oculares de Huygens

 

Uma ocular permite a observação de uma imagem ampliada dada por uma objectiva, acabando por ser uma lupa bastante melhorada.

Ocular de Huygens:
A ocular de Huygens é um doublet formado por duas lentes convergentes, com distâncias focais:
f1= 3a, f2 = a, cujos pontos centrais são:
S1 e S2 e estão à distância de 2a um do outro (fórmula 3 – 2 – 1). Os focos das imagens das duas lentes F’1 e F’2 são desta forma sobrepostos.

A figura indica o método de determinação dos elementos principais do sistema equivalente a este sistema. Os focos (F) e imagem (F’) estão à distância a/2 de S2. O plano principal de imagem (H’) localiza-se entre as duas lentes e o plano principal do objecto é confundido com o plano focal da imagem das duas lentes (os planos principais são os planos de ampliação +1). A distância focal é igual a 1,5a.
Numa utilização normal, esta ocular permite (colocando óleo em H) obervar uma imagem formada no plano focal da imagem por uma objectiva. A primeira lente dá desta imagem (que é virtual) uma imagem real, situada no plano focal da segunda lente. A imagem final está então no infinito e é observada num ângulo a. O sistema comporta-se como uma lupa. Como o ângulo de observação final é independente da cor da luz incidente, esta ocular não possui acromatismo aparente. Pelo contrário, não permite a utilização de um retículo.
No programa, se o objecto é real, os raios utilizados permitem evidenciar os principais elementos do sistema. Os raios reais são desenhados a vermelho e os virtuais a amarelo (planos principais da imagem e do objecto).
Quando o objecto se torna virtual, é determinado o raio incidente que corresponde a um raio emergente que passa pelo foco da segunda lente. Quando o objecto se localiza no plano focal da ocular (condição normal de utilização) a imagem final é ampliada até ao infinito.